Vidas Secas - Graciliano Ramos
É inegável que o romance lançado em 1938 “Vidas Secas” de Graciliano Ramos se tornou um marco da literatura brasileira, e não é para menos, esse contundente retrato da vida sertaneja consegue sensibilizar e encantar milhares de leitores desde sua criação. Através de capítulos quase independentes somos transportados não somente ao semi-árido brasileiro, mas também ao mundo introspectivo dos habitantes dessa região do país. Tudo nesse livro é essencial, mas o que mais encanta a todos, sem dúvida, é a presença marcante da cachorra Baleia e a visão que temos do mundo através dela.
Essa grande obra deveria ser comum a todos, pois pode ser encarada como uma síntese da alma nordestina e de certa forma um retrato de um dos inúmeros Brasis.
Escrito em 1912, “A metamorfose” de Franz Kafka não é somente a inusitada estória de Gregor Samsa, um caixeiro-viajante que acorda “transformado num gigantesco inseto”, mas também uma sombria síntese da opressão e alienação do homem moderno. Com uma linguagem despojada e objetiva o autor nos conduz, através dessa grotesca metáfora da condição humana, à reflexão sobre o absurdo da existência. Esse clássico da literatura universal é leitura imprescindível para todo aquele que um dia já se sentiu tal qual uma asquerosa barata.
Confira outras obras do autor como “O processo”, “Na colônia Penal” e “Carta ao Pai”. Impossível continuar o mesmo depois de conhecer o universo kafkiano, se é que não o vivemos todos os dias.
Reza a lenda que Robert Allen Zimmermann depois de ler “On The Road” decidiu botar o pé na estrada, o resultado: renasceu como Bob Dylan e tornou-se o ícone de toda uma geração.
A obra do americano Jack Kerouac, lançada em 1957, é responsável por uma das maiores revoluções culturais da segunda metade do século XX e desnudou o que fora a Geração Beat, um grupo de escritores boêmios, conhecidos como beatniks, que celebravam a não-conformidade e buscavam um entendimento mais profundo da vida, e com isso influenciaram muitas outras subculturas, como os Hippies e os Punks.
Com uma escrita fluída que, segundo o autor, tentava imitar a sonoridade do Jazz e Bebop, Kerouac escancarou o outro lado do sonho americano através da estória de amizade de Sal Paradise e Dean Moriarty, dois mochileiros que atravessavam os Estados Unidos de costa a costa, numa viagem de auto conhecimento.
Um livro essencial para entender a contra cultura que de certa forma criou os loucos anos 60 e reverbera até hoje.
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